Adaptação metodológica para estudantes autistas: utilizando inteligência artificial como suporte para uma ação docente inclusiva

Carregando...
Imagem de Miniatura

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Resumo

A presente pesquisa teve como objetivo investigar em que nível os docentes das disciplinas de matemática e física promovem adaptações metodológicas para estudantes autistas do Curso Superior de Licenciatura em Matemática do Instituto Federal do Amapá (IFAP) – Campus Macapá, considerando suas especificidades e o apoio técnico-pedagógico do Núcleo de Atendimento à Pessoas com Necessidade Educacionais Específicas. Para fundamentarmos as discussões, aprofundamos na literatura através de teóricos como David Ausubel (1980) e Marco Antônio Moreira (1985,1999,2010) acerca da Teoria da Aprendizagem Significativa e Maria Teresa Égler Mantoan (2025) sobre educação inclusiva. Utilizando uma abordagem qualitativa, realizou-se a coleta de dados por meio de entrevistas estruturadas com os docentes supracitados, entrevista grupo focal com servidores do Napne e avaliação do produto educacional desenvolvido, que consistiu em um chatbot/agente de inteligência artificial (IA) voltado ao suporte na adaptação metodológica aos docentes. A pesquisa foi submetida e aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade do Estado do Amapá (UEAP) através do Parecer nº 7.389.443/2025, disponível no Anexo C, garantindo conformidade ética nas entrevistas estruturadas e grupo focal. Os dados foram analisados conforme a técnica de Análise de Conteúdo de Laurence Bardin (1977), o que permitiu identificar categorias temáticas relacionadas às barreiras estruturais, atitudinais e pedagógicas no processo de inclusão. Os resultados revelaram que, embora os docentes demonstrem boa vontade, ainda apresentam lacunas significativas quanto à formação continuada em educação inclusiva, especificamente sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA), ao tempo necessário o planejamento de estratégias específicas de ensino e à articulação com o Napne. Constatou-se também que a atuação do Napne é dificultada pela limitação de recursos humanos do setor, somado a uma atuação reativa, na maioria das vezes vindo do próprio aluno e seus familiares, e em menor frequência do professor. Desse modo, o produto educacional mostrou-se eficaz para promover organização e agilidade no acesso às informações para a compreensão das especificidades dos estudantes autistas, e o estímulo à reflexão da ação docente diante das necessidades destes alunos, ainda que tenham enfrentado desafios relacionados ao tempo de uso e à apropriação prática. Conclui-se que a inclusão efetiva de estudantes autistas na Educação Profissional e Tecnológica depende não apenas de ferramentas tecnológicas inovadoras, como o produto educacional desenvolvido, mas também do fortalecimento das políticas institucionais, da ampliação da formação docente e do quadro dos profissionais de educação inclusiva e da superação de barreiras atitudinais no ensino. A pesquisa reafirma a relevância do ProfEPT como espaço para construção de soluções práticas e embasadas no cotidiano educacional.

Descrição

Citação

MARTINS, André Lima. Adaptação metodológica para estudantes autistas: utilizando inteligência artificial como suporte para uma ação docente inclusiva. 2025. 130f. Dissertação (Mestrado Profissional em Educação Profissional e Tecnológica) – Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amapá, Macapá, 2025.

Avaliação

Revisão

Suplementado Por

Referenciado Por

Licença Creative Commons

Exceto quando indicado de outra forma, a licença deste item é descrita como Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil