Banner

Communities in DSpace

Select a community to browse its collections.

Now showing 1 - 3 of 3

Recent Submissions

  • Item type:Item,
    Recuperação de áreas degradadas no bioma amazônico, espécies nativas e técnicas utilizadas: uma revisão sistemática
    (2025-12-10) SILVA, Maycon da Silva; SILVA, Marcelo Henrique Toscano; http://lattes.cnpq.br/0048673604760481; https://orcid.org/0000-0001-6917-0006; GUIRARDI, Bruna Duque; http://lattes.cnpq.br/8300252489712421; https://orcid.org/0000-0002-6003-2755
    O Bioma Amazônico é reconhecido como uma das maiores reservas de biodiversidade do planeta, desempenha um papel crucial na regulação do clima global, na manutenção dos ciclos hidrológicos e na conservação de espécies de flora e fauna. No entanto, a região Amazônica tem sido atingida com maior gravidade pelo desmatamento, queimadas, aumento da agricultura desordenada e a mineração. O objetivo principal deste estudo foi analisar e indicar as principais espécies nativas e técnicas utilizadas na recuperação de áreas degradadas. Para o levantamento de dados realizou-se uma pesquisa bibliográfica sistemática qualiquantitativa, com a análise bibliométrica exploratório-descritiva, utilizando-se bases de dados como, o Google Scholar, ScienceDirect e Web of Science, selecionando-se artigos publicados entre os anos de 2015 e 2025. Realizou-se uma filtragem para inclusão dos artigos, sendo os que abordassem as palavras chaves no título e/ou resumo. Foram incluídos um total de 36 artigos na revisão sistemática, os resultados apontaram que nessas pesquisas, foram utilizados um total de 153 espécies nativas para recuperação de áreas no bioma amazônico, destacando-se nove espécies, sendo essas, a Euterpe oleracea Mart. (Açaí) secundária inicial, Hymenaea courbaril L. (Jatobá) clímax, Dypterix odorata Aubl. Forsyth f. (Cumarú) clímax, Inga edulis Mart. (Ingá) pioneira, Bactris gasipaes Kunth. (Pupunha) pioneira, Swietenia macrophyla King. (Mogno), secundária tardia, Bertholletia excelsa Bonpl. (Castanha-do-Brasil) clímax, Theobroma cacao L. (Cacau) clímax e Theobroma grandiflorum (Willd. ex Spreng.) K. Schum. (Cupuaçú) clímax. Ademais, nessas mesmas pesquisas utilizaram-se um total de 7 técnicas diferentes para esses planos de recuperação de áreas, tendo como destaque três, o Sistema Agroflorestal, Plantio de mudas e Regeneração Natural. Apesar dos desafios relacionados condições ambientais, sociais e fatores econômicos da região, a efetividade da utilização das espécies nativas juntamente com as técnicas recuperação de áreas adequadas, viabilizam a efetividade de projetos de recuperação de áreas degradadas. Sendo assim, a importância da criação de políticas públicas adequadas, com suporte técnico especializado e estímulos às práticas sustentáveis. Portanto, evidencia-se significativo interesse científico pôr essas espécies nativas recomendadas para ações de recuperação no Bioma Amazônico, bem como pelas técnicas que demonstraram maior eficácia e aplicabilidade em projetos.
  • Item type:Item,
    Entre o saber do rio e da floresta: um olhar etnomatemático sobre as práticas de medição e cálculo em serrarias de Afuá - Pará.
    (2025-12-01) PEREIRA JÚNIOR, Lauro Tenório; SILVA, Romaro Antonio; http://lattes.cnpq.br/1204242293372513; FREIRE, Francielck Domingos; http://lattes.cnpq.br/9365684825311328
    A pesquisa investigou os saberes matemáticos presentes nas práticas cotidianas de trabalhadores de duas serrarias ribeirinhas do município de Afuá – Pará, buscando compreender como esses conhecimentos são construídos, aplicados e transmitidos no contexto cultural amazônico. Fundamentado na perspectiva da Etnomatemática, este estudo adotou uma abordagem qualitativa e de caráter exploratório, com a coleta de dados realizada por meio de entrevistas semiestruturadas, observações diretas e registros fotográficos do ambiente de trabalho. A análise dos dados revelou que os trabalhadores mobilizam diversos raciocínios matemáticos, ainda que não formalizados pela escola, envolvendo medições, cálculos de cubagem, conversões de unidades, classificações e organização da madeira para comercialização e exportação. Os resultados mostraram que instrumentos como trena, paquímetro, bitola e romaneio, bem como unidades de medida como metro, pé e polegada, são empregados de forma precisa e contextualizada, demonstrando uma matemática prática, empírica e eficiente. Evidenciou-se, também, que os saberes matemáticos são construídos a partir das relações com o rio e a floresta e transmitidos intergeracionalmente por meio da oralidade, da observação, da prática e da convivência, configurando uma pedagogia própria do modo de vida ribeirinho. Conclui-se que os saberes matemáticos das serrarias de Afuá constituem expressões legítimas de conhecimento, alinhadas às dimensões de saber agir, saber fazer e saber pensar, reafirmando a importância de uma Etnomatemática decolonial que valoriza os modos plurais de produzir conhecimentos. A pesquisa, além de contribuir para a compreensão científica desses processos, destaca o potencial pedagógico desses conhecimentos para o ensino de matemática, aproximando a escola da realidade dos estudantes ribeirinhos.
  • Item type:Item,
    Contribuição das unidades de conservação e da sociobiodiversidade na oferta de cestas de bens e serviços territoriais no Vale do Jari
    (2025-06-20) PEREIRA, Rafael Monteiro; CARAMELLO, Nubia Deborah Araújo; http://lattes.cnpq.br/8155132371455051; https://orcid.org/0000-0002-2167-9759
    As Unidades de Conservação (UCs) desempenham papel fundamental na proteção da sociobiodiversidade e no fortalecimento das economias locais no Vale do Jari, região amazônica entre Amapá e Pará. Este estudo avaliou a contribuição das UCs, com foco nas comunidades de São José e Santo Antônio da Cachoeira, destacando a importância das Cestas de Bens e Serviços Territoriais (CBST) para integrar conservação ambiental, cultura e desenvolvimento econômico. A partir de entrevistas com 34 famílias, foram identificados produtos e serviços como alimentos regionais, artesanato, plantas medicinais, conhecimentos tradicionais, pesca, coleta de sementes, além de práticas de turismo de base comunitária. Os resultados mostram que, apesar do conhecimento limitado sobre o conceito formal de CBST, as comunidades possuem recursos sociais, culturais e ambientais valiosos que podem ser potencializados para promover sustentabilidade econômica, segurança alimentar e valorização identitária. O estudo evidencia, ainda, desafios relacionados à infraestrutura, acesso a mercados, organização comunitária e apoio institucional. Nesse sentido, reforça-se a necessidade de estratégias de sensibilização, capacitação e fortalecimento da governança territorial, capazes de ampliar o protagonismo local e integrar políticas de conservação às demandas socioeconômicas das populações tradicionais. Conclui-se que as UCs, quando articuladas às CBST, representam importantes instrumentos para a promoção do desenvolvimento territorial sustentável no Vale do Jari.
  • Item type:Item,
    A Influência do extrativismo não madeireiro na renda das famílias da comunidade do Braço no Vale do Jari
    (2025-06-19) CARDOSO, Maycon Barbosa; CARAMELLO, Nubia Deborah Araujo; http://lattes.cnpq.br/8155132371455051; https://orcid.org/0000-0002-2167-9759; GUIRARDI, Bruna Duque; http://lattes.cnpq.br/8300252489712421; https://orcid.org/0000-0002-6003-2755
    O presente estudo tem como objetivo o quanto o extrativismo não madeireiro influenciam na renda da comunidade tradicional do Braço, localizada no Vale do Jari, analisando tanto os desafios enfrentados quanto às oportunidades de fortalecimento dessa atividade. Para isso, adotou-se uma abordagem qualitativa com apoio de dados quantitativos, por meio de entrevistas semiestruturadas aplicadas a 55 famílias residentes. Também foram utilizadas metodologias participativas, como o diagrama histórico da comunidade, que permitiram resgatar memórias, marcos territoriais e transformações econômicas ao longo do tempo. Os resultados revelam que, embora não seja a principal fonte de renda para a maioria, o extrativismo é crucial para a economia e identidade local. Desafios como a baixa valorização dos produtos, dependência de atravessadores e ausência de políticas públicas foram identificados. Contudo, a comunidade demonstra forte vínculo com a floresta e disposição para fortalecer suas práticas extrativistas. Sugere-se o cooperativismo, a capacitação técnica e o incentivo à permanência dos jovens como caminhos para superar esses desafios. Conclui-se pela importância de investir em educação, infraestrutura e apoio institucional para que o extrativismo se consolide como uma alternativa sustentável, que valorize os saberes locais e promova justiça social na Amazônia.
  • Item type:Item,
    Análise de micros cadeias produtivas do agroextrativismo na comunidade do Braço no Vale do Jari
    (25-12-04) LOPES, Fabrina Pietra Ribeiro; CARAMELLO, Nubia Deborah Araújo; http://lattes.cnpq.br/8155132371455051; https://orcid.org/0000-0002-2167-9759; GUIRARDI, Bruna Duque; http://lattes.cnpq.br/8300252489712421; https://orcid.org/0000-0002-6003-2755
    Este estudo mapeou e analisou as micros cadeias produtivas implantadas através do agroextrativismo na Comunidade do Braço (Almeirim-PA), identificando os desafios e propondo melhorias para o desenvolvimento sustentável local. Na metodologia utilizou-se uma pesquisa exploratória descritiva com uso de técnica de obtenção de dados mista, com 55 famílias, por meio de entrevistas e oficinas. Os resultados indicaram que os agricultores, com baixa escolaridade e alta estabilidade residencial, dependem primariamente da aposentadoria, sendo o agroextrativismo (25,5%) uma atividade complementar essencial, motivada pela subsistência. A comercialização é predominantemente individual, via atravessadores, resultando em baixa adesão a cooperativas e renda modesta e sazonal. Os principais desafios incluem a carência de infraestrutura para escoamento, a ausência de apoio governamental e a necessidade de assistência técnica qualificada. Concluiu-se que o fortalecimento do agroextrativismo local exige uma intervenção coordenada, sendo fundamental o apoio governamental, a organização comunitária e a superação dos desafios de infraestrutura e gestão. A assistência técnica é essencial para aprimorar a gestão das micros cadeias, facilitar o acesso a mercados mais justos e promover a sustentabilidade, contribuindo para o empoderamento produtivo da comunidade.