Corpus esfacelado: as marcas da violência contra a mulher em Mulheres empilhadas, de Patrícia Melo

Resumo

O presente trabalho teve como objetivo analisar a representação e as marcas da violência contra a mulher no plano interno de Mulheres empilhadas, de Patrícia Melo, a partir dos pressupostos teórico-metodológicos formulados por Antonio Candido (2023), para quem o social deve ser visto como elemento constituinte da arquitetura interna da obra, e se evidencia tanto no plano do conteúdo temático quanto no composicional. Predominantemente interpretativa e de inclinação sociológica, a pesquisa possui natureza qualitativa e bibliográfica. Por tratar de temática complexa, foram utilizadas fontes de áreas diversas como suporte teórico: Lage e Nader (2023), Brasil (2006), OMS (2015), Pereira (2005), Pezzini (2023), Praxedes (2020), entre outros. A pesquisa permitiu concluir que a estrutura fragmentada do romance, conjugada aos sentidos veiculados pelo enredo, pode ser lida como representação do esfacelamento emocional e das fissuras ou marcas produzidas em corpos femininos vitimados pela violência, e ainda como a representação de um ciclo que se repete infinitamente se não for rompido. Mas, por ser relato e testemunho de uma sobrevivente, compartilhado com o grande público, também aponta para a possibilidade de superação da morte e para um recomeço para si e para todas as mulheres.

Descrição

Citação

COSTA, Nádia Cristiane Barbosa da; SILVA, Silvana Figueiredo da. Corpus esfacelado: as marcas da violência contra a mulher em Mulheres empilhadas, de Patrícia Melo. 2024. 91f. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura em Letras Português e Inglês) - Instituto Federal do Amapá, Macapá, AP, 2024.

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