A prática na manipulação de frutas e hortaliças em feiras da zona norte de Macapá durante pandemia de Covid-19.

Resumo

As feiras representam um dos comércios mais antigos, existente na sociedade desde antiguidade, onde os produtores se reuniam para realizarem troca e venda de mercadorias. Com o passar do tempo as feiras aumentaram e passaram a ter um viés mais econômico, contribuindo para a expansão das atividades econômicas dos países. Nesta perspectiva, o trabalho teve por objetivo avaliar as condições higiênico-sanitárias das feiras livres e dos feirantes que comercializam hortaliças e frutas nas feiras da Zona Norte de Macapá, Amapá, tendo como base as recomendações da RDC MS/ANVISA nº 216/2004 e identificar a influência do COVID-19 nas práticas de higiene dos feirantes, na comercialização de seus produtos, antes e durante pandemia. Para tanto, teve-se como base uma pesquisa exploratória e fundamentou-se em uma análise qualitativa e interpretativa, baseada na realidade observada, e como instrumento de coleta de dados utilizou-se um questionário socioeconômico cultural aplicado para 34 feirantes. Além disso, realizou a aplicação de Checklist conforme a RDC 216/2004, sendo que este foi adaptado para o presente trabalho. Os resultados apontaram que os feirantes são predominantemente do sexo feminino, com idade entre 18 a 40 anos, com educação básica, com renda média de 1 a 2 salários mínimos, observou-se ainda que os hábitos higiênico-sanitários dos feirantes mudaram durante esse período de pandemia, onde antes do COVID-19 verificou que 82% dos vendedores higienizavam as mãos com água e sabão, 12% usam álcool para higienizar e 6% falaram que raramente higienizam as mãos, já durante a pandemia 91% dos feirantes relataram que o uso do álcool aumentou e para 9% o consumo permaneceu igual. Quanto à capacitação dos trabalhadores, 82% destes nunca realizaram cursos relacionados às práticas de manipulação dos alimentos, o que influencia nas práticas de higiene pessoal e na higienização dos produtos. Os dados obtidos mostraram que em duas das feiras não foi encontrado objetos em desuso ou estranhos na área externa, já na área interna o resultado foi ao contrário, em relação ao piso 100% das feiras analisadas não apresentam revestimentos lisos, os tetos das feiras também não estão em conformidade, assim como os pisos as divisórias entre as barracas, além do mais em duas das três feiras às instalações sanitárias e vestiários estão no interior do local. Como observado, os resultados mostraram que há a necessidade de capacitação dos comerciantes e uma restruturação física das feiras, buscando maior adequação a RDC 216/2004.

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VINHAS, Beatriz Fortes; SILVA, Edreiulo Palheta; NEVES, Priscila Allenne. A prática na manipulação de frutas e hortaliças em feiras da zona norte de Macapá durante pandemia de Covid-19. 2021. 53f. Trabalho de Conclusão de Curso (Tecnologia em Alimentos) – Instituto Federal do Amapá, Macapá, AP, 2021.

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